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[MODELO] Revisional de reajuste de benefício previdenciário contra o INSS

EX­MO. (A) SR. (A) DR. (A) ­JUIZ (A) FE­DE­RAL DA

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_____, bra­si­lei­ro, apo­sen­ta­do, por­ta­dor da Cédula de Identidade nº ______, ins­cri­to no CPF sob o nº ___________, re­si­den­te na Rua _______, comarca de _____ -, por seu ad­vo­ga­do que es­ta subs­cre­ve, vem, mui res­pei­to­sa­men­te, à pre­sen­ça de V. Exa. pa­ra pro­por a pre­sen­te

­Revisional – rea­jus­te de be­ne­fí­cio – Lei 8213/0001 – Decreto 357/0001

com fun­da­men­to nos ar­ti­gos 282 e se­guin­tes do Código de Processo Civil e le­gis­la­ção per­ti­nen­te, con­tra o Instituto Nacional do Seguro Social – ­INSS, pes­soa ju­rí­di­ca de di­rei­to pú­bli­co, com superintendência nes­ta cidade na Rua ……………, pe­las ra­zões de fa­to e de di­rei­to que pas­sa a ex­por.

OS FA­TOS

O au­tor per­ce­be Aposentadoria por Tempo de Serviço, iden­ti­fi­ca­da pe­lo nú­me­ro ………………, con­ce­di­da pe­la au­tar­quia re­que­ri­da, a par­tir de …/…/…, con­for­me Demonstrativo de Cálculo da Renda Mensal Inicial ane­xa (doc. ….).

Quando do pri­mei­ro rea­jus­ta­men­to do be­ne­fí­cio, a par­tir de …/…./…., o re­que­ri­do dei­xou de apli­car o ín­di­ce IN­TE­GRAL, fa­zen­do-o pe­lo ín­di­ce PRO­POR­CIO­NAL ve­ri­fi­ca­do no pe­río­do en­tre …/…/…. e …/…/…, oca­sio­nan­do tre­men­da de­fa­sa­gem no va­lor da apo­sen­ta­do­ria.

A par­tir de …/…./…., o be­ne­fi­cio do au­tor de­ve­ria ter si­do rea­jus­ta­do pe­los se­guin­tes ín­di­ces:

VA­LOR DA REN­DA MEN­SAL INI­CIAL- Cr$……………

Índice de rea­jus­ta­men­to a par­tir de …./…./…. – ………….%

Valor da men­sa­li­da­de a par­tir de …./…/……………………Cr$………………

Como se vê do com­pro­van­te de pa­ga­men­to da men­sa­li­da­de do be­ne­fi­cio de …./.., ane­xo (doc. …..), o au­tor vem re­ce­ben­do, a par­tir de …/…./…., o va­lor men­sal de R$ …….., quan­do, na rea­li­da­de, se apli­ca­do ín­di­ce IN­TE­GRAL quan­do do pri­mei­ro rea­jus­ta­men­to em …/…/…., o va­lor ­atual de sua apo­sen­ta­do­ria se­ria de R$…………….

A fla­gran­te de­fa­sa­gem en­tre o va­lor do be­ne­fí­cio de­vi­do ao au­tor e aque­le que lhe vem sen­do pa­go pe­lo re­que­ri­do, de­cor­re da ado­ção de pro­ce­di­men­to al­ta­men­te le­si­vo aos di­rei­tos e in­te­res­ses dos be­ne­fi­ciá­rios, ful­cra­dos na Lei nº 8.213/0001, bem con­trá­rio, por­tan­to, no con­ti­do no art. 201, § 2º, da Constituição fe­de­ral/88, que as­sim se ex­pres­sa a res­pei­to:

Os pla­nos da Previdência Social, me­dian­te con­tri­bui­ção, aten­de­rão nos ter­mos da lei, a:

……………..

§ 2º – É as­se­gu­ra­do o rea­jus­ta­men­to dos be­ne­fí­cios pa­ra pre­ser­var-­lhes, em ca­rá­ter per­ma­nen­te, o va­lor ­real, con­for­me cri­té­rios de­fi­ni­dos em lei.

Como se ob­ser­va, em ape­nas exa­tos …. ­anos o au­tor, em vir­tu­de des­ta sis­te­má­ti­ca con­trá­ria à CF/88, que tra­ta da im­plan­ta­ção do rea­jus­ta­men­to pro­por­cio­nal à da­ta do iní­cio do be­ne­fí­cio, vem so­fren­do um pre­juí­zo de R$ ………., ou se­ja, exa­tos …. sa­lá­rios mí­ni­mos.

E, ob­ser­ve-se que o § 2º do art. 201, da CF/88, faz men­ção de que o rea­jus­ta­men­to dos be­ne­fí­cios é as­se­gu­ra­do pa­ra pre­ser­var-lhe em ca­rá­ter per­ma­nen­te, o va­lor ­real, o que efetivamente não vem ocor­ren­do, co­mo se vê pe­la di­fe­ren­ça ­atual do va­lor do be­ne­fí­cio do au­tor e o va­lor que se­ria se usás­se­mos o ín­di­ce in­te­gral.

Objetivando ob­ter de ime­dia­to a re­po­si­ção do va­lo­res que ­lhes es­tão sen­do re­ti­dos em ra­zão de inu­si­ta­da prá­ti­ca quan­do do pri­mei­ro rea­jus­ta­men­to em …./…/…., é que im­põe a pre­sen­te me­di­da.

O DI­REI­TO

A Lei nº 8.213/0001, de 14/7/0001 (Plano de Benefícios), re­gu­la­men­ta­da pe­lo Decreto nº 357/0001 (Regulamento dos Benefícios), dis­põe em seu art. 1º, que:

A Previdência Social, me­dian­te con­tri­bui­ção, tem por fim as­se­gu­rar aos ­seus be­ne­fi­ciá­rios ­meios in­dis­pen­sá­veis de ma­nu­ten­ção, por mo­ti­vo de in­ca­pa­ci­da­de, de­sem­pre­go in­vo­lun­tá­rio, ida­de avan­ça­da, tem­po de ser­vi­ço, en­car­gos fa­mi­lia­res e pri­são ou mor­te da­que­le de ­quem de­pen­diam ­economicamente.

E foi com ful­cro nos ar­ti­gos 201 e 202 da CF/88, que a ci­ta­da lei foi ex­pe­di­da, vi­san­do dar am­pa­ro e pro­te­ção ao tra­ba­lha­dor quan­do por oca­sião de sua apo­sen­ta­do­ria.

Assim, com ba­se nos ar­ti­gos 201 e 202 da Carta Magna e na le­gis­la­ção per­ti­nen­te, foi que o au­tor re­que­reu sua apo­sen­ta­do­ria ca­ben­do-lhe co­mo ren­da men­sal ini­cial a im­por­tân­cia de Cr$ ……………….

Ocorre, no en­tan­to, que, quan­do do pri­mei­ro rea­jus­ta­men­to do be­ne­fí­cio, em …/…./…, a Au­tar­quia re­que­ri­da apli­cou ao va­lor da ren­da men­sal ini­cial ín­di­ce pro­por­cio­nal à da­ta do iní­cio do be­ne­fí­cio e, em vir­tu­de des­ta sis­te­má­ti­ca, ho­je o va­lor da apo­sen­ta­do­ria do au­tor es­tá in­ten­sa­men­te de­fa­sa­do, co­mo bem se averigua no de­mons­tra­ti­vo re­tro.

Aliás, a bem da ver­da­de, hou­ve por par­te do le­gis­la­dor, as­sim ­quer nos pa­re­cer, in­ten­ção de ­criar com es­te pro­ce­di­men­to, os mes­mos pro­ble­mas do pas­sa­do, mas que fe­liz­men­te fo­ram sa­na­dos atra­vés da Sú­mu­la 260 do TFR.

E se­rá à vis­ta des­ta des­ca­bi­da e ile­gal si­tua­ção sob o enfoque cons­ti­tu­cio­nal, que o Poder Judiciário, atra­vés de ­seus Tribunais Superiores, vi­rá cor­ri­gir tal es­ta­do de ca­la­mi­da­de, a exem­plo do que ocor­reu no pas­sa­do atra­vés da Súmula 260 do TRF:

NO PRI­MEI­RO REA­JUS­TE DO ­BENEFÍCIO ­PREVIDENCIÁRIO, DE­VE-SE APLI­CAR O ­ÍNDICE IN­TE­GRAL DO AU­MEN­TO VE­RI­FI­CA­DO, IN­DE­PEN­DEN­TE­MEN­TE DO MÊS DA CON­CES­SÃO, CON­SI­DE­RAN­DO, NOS REA­JUS­TES SUB­SE­QUEN­TES, O SA­LA­RIO ­MÍNIMO EN­TÃO ATUA­LI­ZA­DO.

Hoje a ju­ris­pru­dên­cia, atra­vés de jul­ga­do do TFR da 4ª Região, as­se­gu­ra:

REA­JUS­TE DO ­BENEFÍCIO ­PREVIDENCIÁRIO – PRO­POR­CIO­NA­LI­DA­DE – SÚMULA Nº 260/TFR.

1. O rea­jus­te do be­ne­fí­cio pre­vi­den­ciá­rio de­ve man­ter o va­lor ­real da épo­ca da apu­ra­ção da RMI.

2. O prin­cí­pio do rea­jus­ta­men­to pro­por­cio­nal cau­sa de­fa­sa­gem no va­lor ­real do be­ne­fí­cio, mo­ti­vo pe­lo ­qual de­ve ele ser fei­to na for­ma es­ta­be­le­ci­da pe­la Súmula nº 260/TFR.

3. Recurso pro­vi­do. AC nº 0004.O4.4O6O7-4/RS.

TRF da 4ª Região as­se­ve­ra que:

Do con­trá­rio, se a Previdência Social dei­xar de aca­tar es­ta de­ci­são do TRF, a exem­plo do que já ocor­reu quan­do da Súmula nº 260, em pou­co tem­po os apo­sen­ta­dos e pen­sio­nis­tas te­rão cer­ta­men­te de men­di­gar à so­li­da­rie­da­de pú­bli­ca, pa­ra man­ter sua so­bre­vi­vên­cia e de ­seus fa­mi­lia­res, en­quan­to o Poder Executivo PER­MA­NE­CE SUR­DO E ­ESTÁTICO FREN­TE A ABER­RA­ÇAO (co­men­tá­rios do ad­vo­ga­do Raul Portanova)

O RE­QUE­RI­MEN­TO

À vis­ta do ex­pos­to, res­pei­to­sa­men­te re­quer a Vossa Excelência, or­de­nar a ci­ta­ção do re­que­ri­do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na pes­soa de ­quem le­gal­men­te o re­pre­sen­te, pa­ra, que­ren­do, res­pon­der aos ter­mos da pre­sen­te ­ação, acom­pa­nhan­do-a até fi­nal sen­ten­ça que o con­de­ne:

a) a pro­ce­der ao rea­jus­ta­men­to da Renda Mensal Inicial, a par­tir de ../…./……, com ba­se no ­ÍNDICE IN­TE­GRAL de 124,786000%.

b) a pa­gar as di­fe­ren­ças a se­rem apu­ra­das, a par­tir de …/…./…., acres­ci­das de ju­ros de mo­ra e cor­re­ção mo­ne­tá­ria.

c) ao pa­ga­men­to das ver­bas de su­cum­bên­cia, es­pe­cial­men­te das cus­tas pro­ces­suais e ho­no­rá­rios ad­vo­ca­tí­cios, es­tes à or­dem de 20%, so­bre o to­tal das di­fe­ren­ças de­vi­das, cor­ri­gi­das mo­ne­ta­ria­men­te e a se­rem apu­ra­das em li­qui­da­ção de sen­ten­ça.

Protestando-se por to­dos os ­meios de pro­vas em di­rei­to ad­mi­ti­das, dá-se à cau­sa o va­lor de R$ __________________________

N. Termos,

P. E. de­fe­ri­men­to.

_____________, _____/________/ 200__

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Adv.

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