Lição #1 de 7
Por Marcílio Drummond
Isso me deixou sem dormir direito.
Em 2013 eu percebi que o mercado jurídico entraria em colapso. Estudei Direito na UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais -, me formei em 2013. Recebi o meu diploma ao mesmo tempo em que saiu meu número da OAB (eu havia passado ainda no 9º período).
É interessante como praticamente não se questiona esse caminho padrão do profissional jurídico: “você só tem valor se passar na prova da OAB”.
A verdade é que mesmo com inscrição na OAB os juristas estão com dificuldade de serem bem remunerados por seus conhecimentos.
Porém, você já parou para perceber que a maioria das pessoas que se formam em Direito não passam na prova da OAB?
Pois é. Essa questão já tirou meu sono várias vezes. Não é normal passar no mínimo 5 anos cursando uma faculdade, se formar e não ser bem remunerado após tanta dedicação. Por isso, há algum tempo decidi investir tempo e dinheiro em encontrar uma solução para este problema.
Foram pesquisas em mercados jurídicos de vários países.
Então, encontrei a solução dentro da chamada “Operações Jurídicas” – ou “Legal Operation”, em inglês -.
Operações Jurídicas são a combinação de todas as atividades estratégicas de gestão de negócios, processos de trabalho e pessoas para gerar alta produtividade na operação jurídica de Departamentos Jurídicos e Escritórios de Advocacia.
O Operador Jurídico Digital é um prestador de serviços dentro deste contexto de Operações Jurídicas.
Para entender com mais detalhes como funciona e porque essa é uma grande oportunidade para remunerar os seus conhecimentos jurídicos, é importante entender o Modelo de Trabalho do Operador Jurídico Digital.
1) Quem são os clientes: Departamentos Jurídicos e Escritórios de Advocacia contratantes. Estes clientes preferem ter poucas pessoas trabalhando internamente em suas estruturas e terceirizar a operação jurídica (petições e documentos), focando mais em garantir a qualidade dos trabalhos feitos, ao invés de fazê-los do zero.
Por que eles fazem isso? Porque assim não precisam lidar com vários problemas como: sobrecarga de trabalho (quando tentam fazer estratégico, tático e operacional), dificuldade na gestão de pessoas, alta rotatividade de profissionais, falta de especialidade para determinados casos, altos custos fixos, dentre outros.
2) O que faz: O Operador Jurídico Digital entrega para Escritórios e Departamentos Jurídicos Contratantes petições e documentos com qualidade, agilidade, design avançado e multidisciplinar de escrita, juntamente com uma boa experiência.
Perceba então que não faz parte do trabalho do Operador Jurídico Digital controlar prazos processuais, atender partes do processo ou até mesmo informar os andamentos processuais.
Ele foca na elaboração dos documentos jurídicos, ao mesmo tempo em que acrescenta neles alguns conhecimentos modernos de comunicação de valor.
3) Como faz: Estabelece uma boa experiência com os Contratantes por meio de padronização do trabalho e da comunicação de valor, juntamente com uma personalização avançada da escrita ao estilo destes clientes.
Perceba então que o Operador Jurídico Digital foca muito em três aspectos importantes:
4) Como comunica e entrega: canal de comunicação e entrega dos serviços, preferencialmente centralizado em uma plataforma tecnológica completa e fácil de usar.
A forma mais inteligente de se fazer este trabalho é por meio de uma única plataforma tecnológica na qual pode padronizar seus documentos e processos de trabalho, organizar sua relação comercial com os contratantes, gerir financeiramente seu trabalho e conectar você a estes contratantes, sem a necessidade de fazer conteúdos ou reuniões para prospectar Departamentos Jurídicos e/ou Escritórios de Advocacia contratantes.
5) Por que é Digital: Trabalho 100% feito de forma digital, de qualquer parte do mundo, sem necessidade de ter uma estrutura física.
Isso porque os contratantes não querem – e não vão – até o seu local de trabalho, tudo é feito de forma digital. Então, não há a necessidade arrumar um imóvel, pagar aluguel, conta de luz, telefone e internet, investir em mobília, faxineira…ou seja, é 100% digital de verdade.
6) Remuneração: É remunerado por projetos contendo um único documento jurídico (petições e outros documentos), ou por projetos amplos, com vários documentos.
Perceba que o Operador Jurídico Digital nunca fica sem trabalho, porque os contratantes são sempre Departamentos Jurídicos e Escritórios de Advocacia de médio e/ou grande porte, com muitas demandas de trabalhos constantes.
7) Atividades principais:
Na sequência desta série de lições vamos falar de cada uma dessas atividades, de forma detalhada, para você entender exatamente o que deve fazer.
8) Os principais recursos necessários para faturar neste modelo de negócios são:
9) Características DESNECESSÁRIAS:
Logo, é um trabalho perfeito para quem já se dedicou e estudou muito os conhecimentos do Direito, mas que não quer se tornar um especialista em prospecção, marketing jurídico ou elaboração de conteúdos para redes sociais.
Como Operador Jurídico Digital você não vai assinar qualquer documento jurídico, nem ser consultado pelo público em geral. Você vai “fazer a roda girar” do operacional de Departamentos Jurídicos e Escritórios de Advocacia.
Dito tudo isso, chegou o momento de aprofundamento no trabalho do Operador Jurídico Digital. Faremos isso por meio da descrição de todas as atividades principais deste modelo de trabalho.
Nesta Lição #1 vou me ater às atividades do Design Multidisciplinar de Escrita.
O conhecimento jurídico virou commodity há muito tempo. Creio que essa questão não é mais novidade. Isso significa que conhecimento jurídico não é mais um grande diferencial entre os profissionais do Direito.
Este tipo de conhecimento é facilmente acessível, em sites diversos. Basta a pessoa ser alfabetizada.
Porém, este fato não significa que os saberes do Direito não sejam importantes. Aliás, ter bons conhecimentos do Direito é uma obrigação para nós juristas.
Perceba que: se o conhecimento jurídico na atualidade não é o diferencial, por outro lado, novos conhecimentos multidisciplinares de comunicação são.
Cumprir esta tarefa não se resume a usar logomarca, cores e tipografia do contratante. Ou seja, não é simplesmente usar um modelo de documentos de quem te contratou.
Por isso, um trabalho de alto nível de um Operador Jurídico Digital é aquele que transparece a personalidade do contratante por meio da escrita.
Para cumprir essa tarefa é importante extrair da escrita do contratante 2 características:
A VOZ são conceitos e valores do cliente que transparecem na escrita e revelam a personalidade da marca. Exemplo: Positiva, sincera, ousada, séria.
Por sua vez, o TOM são as variações de vozes em momentos distintos.
Portanto, a voz de uma marca é quem ela é. Nunca muda, desde uma petição a uma postagem nas redes sociais. Porém, assim como na vida real, o tom que você usa depende de com quem você está falando: o contexto e o estado emocional desta pessoa.
Para identificar essas informações nos contratantes, indico seguir o processo seguinte:
1) Identifique a Voz da Marca. Exemplo: Sincera, ousada, séria.
2) Mapeie os tons para os estados emocionais mais comuns dos leitores. Liste a variedade de respostas emocionais que o leitor o qual deseja influenciar pode ter quando lê os documentos, de acordo com o estilo dos contratantes.
Exemplos:
a) Leitor: Juiz. Estado Emocional do leitor: contente. Tom que você vai usar: entusiasmado, mas contido.
b) Leitor: Juiz. Estado Emocional do leitor: Incrédulo. Tom que você vai usar: honesto, mas não muito explicativo.
3) Mapeie informações do cliente contratante:
a) Dados da persona: comece com quem o documento jurídico falará, qual é o gênero, faixa etária e outras características pessoais;
b) Características primárias e secundárias: Depois de decidir as três características principais da personalidade da voz, desenvolva cada uma delas. Por exemplo, se uma marca é “descontraída”, como exatamente é essa descontração? Mais espontânea ou mais humorista, mais expansiva no uso de palavras ou fala pouco expressando muito?
c) Propósito: descreva o que você espera que as pessoas sintam ou façam, assim que têm contato com sua comunicação. Esse propósito pode ser informá-las, inspirá-las, convencê-las e tantos outros;
d) Diferentes públicos-alvo e meios de comunicação: caso haja mais de um destinatário para o documento jurídico, o tom de voz pode ser adaptado a cada contexto, como naturalmente adaptamos nossa forma de falar em diferentes grupos sociais: colegas de trabalho, amigos, família… Também é necessário prever a linguagem específica de cada meio de comunicação, já que uns são mais visuais enquanto outros são mais textuais.
e) Certo e errado: além de exemplificar o que fazer, colete exemplos de como não se comunicar e até de palavras evitar. Essa é uma das formas mais eficazes de “treinar o ouvido” ao captar o tom de voz da marca.
Apesar de, em tese, os magistrados só formarem suas convicções após análise das informações dos processos judiciais, na prática não é assim que acontece.
Isso porque, as decisões de quaisquer pessoas são influenciadas por seus VIÉSES COGNITIVOS.
A expressão “Viés Cognitivo” diz respeito a um “defeito” de pensamento que afeta decisões e julgamentos que fazemos. São armadilhas que nos levam a interpretar o mundo de forma equivocada e, consequentemente, nos fazem tomar decisões irracionais. Sim, os magistrados também.
Ocorre que, quando usamos os padrões decisórios do magistrado a nosso favor, conseguimos fazer com que este “defeito” humano nos seja favorável.
Há vários destes vieses. Mostrarei aqui 7 deles:
1. Viés da Ancoragem;
2. Viés de Informação;
3. Viés da Adesão;
4. Viés da Pró Escolha;
5. Viés da Confirmação;
6. Viés de Positividade;
7. Viés de Resultado.
1. Viés da Ancoragem
É a tendência de ancorar-se em uma referência do passado ou em um detalhe da informação na tomada de decisões. Esse viés pode ser muito prejudicial e limitador, uma vez que a cognição pode ficar presa a uma experiência antiga, sem o julgador observar o que realmente os fatos e provas mostram.
2. Viés de Informação
O viés da informação é a tendência humana por buscar mais informações que o necessário, na busca por soluções. É aquela pessoa indecisa, que analisa todas as possibilidades, não sai do lugar e nunca acha que sabe o suficiente. O resultado é que o processo judicial não anda, fica mais moroso, simplesmente porque o magistrado não decide.
3. Viés da Adesão
“Maria vai com as outras”, é como nossos avós chamavam as pessoas acometidas com esse viés. É acreditar em algo porque a maioria do grupo ao qual pertencem também acredita. – “Todo mundo sabe que é melhor assim, então é isso que eu acho também”. É muito comum em decisões de órgãos colegiados, como, por exemplo, julgamentos em tribunais. O resultado é que, ao invés do julgador realmente analisar fatos e provas do processo, ele decide simplesmente acompanhar o relator.
4. Viés da Pró Escolha
É a tendência em justificar suas escolhas sem embasamento científico. Um clássico exemplo é quando o julgador possui um posicionamento político extremo, por exemplo: favorável ao empresariado, ou por outro lado, favorável ao social ou ao Poder Público.
5. Viés da Confirmação
É o pensamento seletivo que confirma as respectivas crenças e ignora ou desvaloriza qualquer ponto que as contradiga. Ao dar mais peso para algo que suporta as nossas crenças ao invés de tentar embasá-las, alimentamos os preconceitos anteriormente estabelecidos.
6. Viés de Positividade
Também conhecido como Síndrome de Poliana, o viés cognitivo da positividade ocorre quando somos muito otimistas, ao considerar um fato e nos atentarmos somente para o lado mais positivo, como “não foi dano moral, mas mero aborrecimento, a parte vai superar isso”.
7. Viés do Excesso de Confiança
Viés do excesso de confiança que provoca um comportamento arriscado. O viés do otimismo soa parecido com este viés, mas não é a mesma coisa. O excesso de confiança está relacionado a características próprias, enquanto o viés de positividade maximiza os resultados exógenos, que não podem ser controlados. Um exemplo para este caso é um magistrado que não se atenta detalhadamente às informações do processo, porque acredita muito no seu poder de julgamento justo.
Portanto, saber o padrão decisório do julgador é uma grande arma argumentativa.
Para ter esse tipo de vantagem nos documentos que elabora basta usar ferramentas de jurisprudência e jurimetria que forneçam essas informações.
A comunicação mais poderosa que existe é aquela que gera sentimentos nas pessoas. Na escrita jurídica não é diferente.
Pode parecer estranho o que eu vou dizer, mas, em seu trabalho, o Operador Jurídico Digital deve gerar sentimentos equivalentes ao de uma venda.
Aliás, qualquer documento jurídico vende uma ideia, um posicionamento.
Para alcançar o objetivo almejado no documento elaborado existem 12 etapas quase infalíveis para convencer qualquer pessoa de qualquer coisa, usando estratégias de cooptação, conexão e convencimento.
Vamos aos passos referidos:
1) Provoque a atenção. Com uma frase espirituosa, uma síntese do que sabe ter valor para o seu leitor alvo, depois de ter pesquisado sobre ele. “Qual o segredo dos grandes magistrados, mais admirados e reconhecidos”, por exemplo, para vender um determinado posicionamento processual;
2) Mostre que conhece o leitor. Depois de atrair a atenção dele, é importante mostrar que sabe do que está falando, que conhece bem o leitor e sua forma de pensar. Por exemplo: “Eu sei que Vossa Excelência em 80% dos casos parecidos decidiu dessa maneira. Porém, nesse caso, decidir neste outro caminho é melhor porque…”
3) Mostre que há uma solução. Ainda não é a ideia que vai vender. É uma abordagem de possibilidades para sugerir a ideia de que outro mundo é possível. Do tipo: “se você encontrasse uma caso processual que mostrasse que o devedor na verdade é quem tem créditos a receber, você seria capaz de mudar a sua decisão? Lembre-se: é uma conversa;
4) Conte uma história. Fale de algo que faça o leitor “navegar” por seus argumentos de forma mais “leve”. Vale inclusive usar comparações e analogias, como, por exemplo, de situações narradas na Bíblia, Mitologia Grega, ou até mesmo em filmes que a maioria das pessoas assistiram;
5) Mostre os benefícios. Revele o que a personagem da sua história ganhou ao encarar o problema de determinada situação, o quanto ganhou com isso. Pessoal, profissional e emocionalmente. Nesse caso ainda não vende seu posicionamento, por exemplo, em uma petição judicial. Ser muito direto, sem construir um contexto antes, não é bom. O papel aqui é mostrar que não pretende mais do que ajudar;
6) Dá uma prova social. Fale de outras pessoas que viveram o mesmo problema, se utilizaram do posicionamento que está tentando vender e obtiveram grandes resultados. Quanto mais detalhes destes outros casos conseguir falar, melhor;
7) Faça, enfim, a oferta. Quando eu falo de oferta, é o posicionamento que você está tentando vender. Só aqui, quando é possível estimar que já há um grau de confiança do outro lado, apresenta a solução, ou seja, a decisão que você quer que o leitor siga;
8) Gera escassez. Nesse ponto é importante demonstrar o que o leitor pode perder – a partir de algo que seja importante para ele, não para você – caso ele não decida seguir aquilo que você está defendendo;
9) Dê uma garantia. No caso do Juiz, por exemplo, lembre a ele que o que ele decidir talvez não seja definitivo, porque há a possibilidade de recursos. Pode parecer estranho, mas essa garantia tem uma tendência de deixar a decisão do leitor “mais leve”;
10) Chame para a ação. Só aqui, nesse passo, é que você dá um “empurrão” no leitor rumo aos objetivos que o seu contratante quer, ainda que disfarçada de interesse de ajudar;
11) Dê um último aviso. Aqui, coloque uma pitada de culpa no leitor. É a advertência de que o leitor pode estar perdendo a oportunidade da sua vida. No caso do magistrado, por exemplo, de proferir uma decisão histórica;
12) Faça um último reforço. Resuma o problema, a solução, a garantia, a certeza de que o leitor não vai perder nada por tentar o caminho que você sugere. E, pela última vez, faz sua última chamada para uma providência.
Com esses 12 passos é possível vender qualquer ideia ou posicionamento, não importa em qual documento jurídico você esteja trabalhando.
O que antes era uma novidade quase “extraterrestre”, atualmente o Visual Law já é muito aceito e valorizado, sobretudo pelo seu poder comunicativo e neurocientífico.
Por isso, é importante o Operador Jurídico Digital saber usar essa “ferramenta”. Não precisa saber todas as teorias, mas sim ter um amplo banco de modelos prontos para uso.
Talvez você até já tenha tentado fazer o seu primeiro documento em Visual Law, porém, com naturais dificuldades relacionadas a uma nova área. Não é culpa sua se teve ou tem alguma dificuldade nesta área.
É que o nosso cérebro possui dois lados com funções distintas. Normalmente o jurista criado na formação jurídica tradicional tem o lado esquerdo muito estimulado, mas o direito acaba ficando atrofiado.
O lado esquerdo é responsável pela interpretação “lógica” das situações. É a parte do cérebro que analisa os dados e que busca as razões que justificam os acontecimentos. Seria o lado estratégico, analítico e realístico da visão de cada indivíduo, com base na descoberta de explicações precisas e objetivas para qualquer tipo de questionamento. Como já dito, é o que os juristas normalmente usam mais.
O lado direito, por sua vez, é responsável pela interpretação “emocional” das situações. O uso do lado direito do cérebro está associado à criatividade e intuição. A visão holística dos fatos e o predomínio das sensações sobre a racionalidade são aspectos evidentes que alimentam a imaginação e consideram a subjetividade como fator decisivo para o entendimento da realidade. Está relacionado a uma maior utilização de símbolos e imagens.
O cérebro humano tem maior facilidade de gravar imagens do que textos, sons ou cheiros. Nós processamos uma imagem 60.000 vezes mais rápido do que uma informação em texto.
Essa facilidade de memorização por imagens, facilita muito a comunicação, e no Direito isso não é diferente.
O “textão” maciço de várias páginas é cansativo e de difícil compreensão, além de não prender a nossa atenção por muito tempo. Esse fato pode afetar negativamente na decisão de um juiz.
Um texto grande demais, demanda tempo e concentração para ser compreendido, tempo este que muitos magistrados não dispõem, devido a grande quantidade de processos que diariamente passam por suas mesas.
Fruto dessa necessidade de melhorar não apenas a comunicação, mas toda a experiência das pessoas envolvidas (sejam elas profissionais de Direito, ou mesmo para qualquer pessoa) nasceu o Legal Design. Dele surgiu uma subdivisão: o Visual Law, com objetivo de tornar as informações mais democráticas, acessíveis e compreensíveis.
Em recente pesquisa do Grupo VisuLaw, feita com 153 juízes(as) federais, integrantes de seções judiciárias de todos os estados brasileiros, mais de 80% deles se disseram favoráveis a esta técnica. Essa pesquisa também foi feita com 517 juízes(as) estaduais, integrantes de unidades judiciárias de todos os estados brasileiros e o resultado foi bem parecido: mais de 80% deles se disseram favoráveis ao Visual Law.
Então, cabe ao Operador Jurídico Digital possuir em sua “caixa de ferramentas” um conjunto de modelos de petições feitas com esta técnica. Assim, estará preparado quando os Departamentos Jurídicos e/ou Escritórios Contratantes solicitarem essa maneira de elaborar a escrita jurídica.
Para construir uma argumentação mais completa e conectada globalmente, o melhor caminho não é planejar o conhecimento de forma linear, como estamos acostumados.
Para essa finalidade, a ferramenta mais poderosa é o chamado Mapa Conceitual (ou Mapa Mental), pelo qual é muito mais fácil e seguro argumentar (ou contra argumentar) todos os pontos necessários.
Como o próprio nome diz, mapas mentais são “mapas da mente”. Assim, têm como pretensão representar as informações da maneira como elas estão organizadas em nossas cabeças. Poderíamos dizer, portanto, que a ciência a qual se dedica ao aprimoramento da técnica de elaboração e utilização de mapas mentais é chamada de “cartografia do pensamento”.
Quando falamos em mapas, muitos se assustam, pois acreditam não possuir conhecimentos e habilidades suficientes para trabalhar com esse tipo de material ou técnica. No entanto, é importante ressaltar que tanto a elaboração como a utilização de mapas mentais é algo que pode ser aprendido e que será desenvolvido, como habilidade.
Você precisa ter em mente que a tecnologia não é uma vilã. Pelo contrário, ela existe para facilitar a sua vida e o seu trabalho.
Há muito tempo a tecnologia não se limita apenas aos setores empresariais, mas também abriu caminho para o setor jurídico. Os Escritórios de Advocacia e Departamentos Jurídicos mais evoluídos já se adaptaram e abraçaram a tecnologia, pois tornou seu processo de trabalho muito mais fácil e simples.
Aliás, todos os pontos pelos quais passamos rapidamente nessa etapa de Design Multidisciplinar de Escrita podem ser organizados e acelerados com o uso de tecnologia.
Eu não me esqueci que a promessa dessa Lição #1 foi revelar o que eu descobri depois de 10 anos no mundo digital e que pode te ajudar a ter resultados de verdade nos próximos 30 dias com a profissão de Operador Jurídico Digital.
Foi exatamente isso que te mostrei. Vamos fazer um breve resumo do que conversamos até agora:
1) Conhecimento jurídico é obrigação, mas não é mais diferencial;
2) Conhecimentos multidisciplinares na escrita tornam o seu trabalho 20x mais importante e impactante;
3) Com tecnologia tudo fica mais fácil, produtivo e financeiramente melhor e
4) Você não precisa de inscrição na OAB ou produzir conteúdos nas redes sociais para trabalhar como Operador Jurídico Digital.
Dito tudo isso, quero que você dê uma pausa em tudo que leu e respire calmamente, para digerir todas essas novidades que aprendeu até aqui.
Talvez você pense que são muitas informações, que este trabalho não seja para você…calma, é para você sim.
Tudo que é novo ou diferente causa um estranhamento inicial, mas com uma pequena parcela de vontade, junto a organização de conhecimento e tecnologia, fica mais fácil.
Mais para frente vou te falar de uma solução que vai entregar tudo isso mastigado para você, em formato de “Checklist”. Eu te garanto que cumprirá todas essas novas atividades sem grandes esforços.
A Lição #1, que será a maior de todas dessa série, chegou ao fim.
Faço o convite para continuar aprendendo nas próximas.
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