logo easyjur azul

Blog

[MODELO] Contestação – Ação de Indenização por Danos Morais

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 29º VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

Processo n.4/139712-0

, Méier, Cep20775-040, vem pela Defensora titular deste M. M. Juízo, apresentar

CONTESTAÇÃO

aos termos da Ação de Indenização por danos Morais que lhe move , já qualificada nos autos do processo em epígrafe, com base nos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:

Inicialmente, afirma, ciente das cominações legais, ser juridicamente necessitado, eis que não possui condições financeiras de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família, razão pela qual faz jus ao exercício do Direito constitucional à gratuidade de justiça, indicando desde já a Defensoria Pública para o patrocínio de seus interesses.

Outrossim, informa ainda que utilizará o prazo em dobro para a prática dos atos processuais, desde que necessário.

Da incompetência do juízo

Está errado o entendimento da autora de se utilizar o art.100, inciso V, alínea a, do CPC. A presente ação não é de reparação de danos, e sim ação de direito pessoal, devendo ser utilizado o art. 94, do CPC, o qual o foro da ação deve ser o domicílio do réu, que é o foro regional do Méier.

Dos fatos

Trata, a presente, de ação de indenização por danos morais, tendo em vista o fato da ré ter ingressado com Representação em face da autora perante a OAB, sem ter sido sua cliente.

Ocorre que, a ré, pessoa que não tem qualquer conhecimento jurídico, cansada das ameaças da autora de que ingressaria na justiça, decidiu ingressar com a representação em face da autora. Com esta ação, a demandada tinha a esperança de que a OAB pudesse tomar qualquer atitude que impedisse a sua atuação.

A autora, advogada militante, se utiliza de seu conhecimento jurídico para intimidar os moradores do condomínio, ameaçando-os por qualquer motivo ingressar na justiça.

A ré, sem qualquer conhecimento jurídico, resolveu então ingressar com representação em face da autora, na ilusão de que conseguiria mudar seu comportamento, não tendo a ré em momento algum a intenção de difamar a imagem da autora.

Vale ressaltar ainda, que não é verdade os fatos alegados na inicial de que a ré teria colocado cartazes no edifício difamando a imagem da autora.

Cumpre esclarecer ainda, que a ré ingressou com ação no Juizado Especial Criminal, que ainda está tramitando, tendo em vista lesão corporal que a autora ocasionou à ré.

Logo, o presente caso versa sobre desagradável briga de vizinho, já havendo outras ações em curso sobre o problema, tendo inclusive a autora já ingressado com ação em face da ré pleiteando danos morais.

DA INÉXISTÊNCIA DO DANO MORAL

Evidente que para se configurar o dano moral, a autora tenha sofrido ofensa a sua moral, honra e dignidade, o que não se constata no caso em tela. A representação feita pela ré foi uma medida de desespero e urgência com o intuito de que alguma medida pudesse ser tomada pela OAB. A ré se sentia ameaçada diante da posição de supremacia em que se coloca a autora sobre os demais condôminos.

Verificamos que a autora não faz jus ao dano moral, e está agindo de má-fé, dando ensejo ao enriquecimento sem causa, através da indústria do dano moral, ingressando pela SEGUNDA vez pedido de dano moral em face da ré.

Por todo o acima exposto o réu requer o seguinte:

1 – Seja deferido o pedido de Gratuidade de Justiça;

2 – Seja julgado improcedente os pedidos da autora.

3 – Seja a autora condenada ao pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios, estes revertidos em favor do Centro de Estudos Jurídicos da Defensoria Pública do Rio de Janeiro – DPGE.

Protesta pela produção de provas testemunhal, pericial e documental, além do depoimento pessoal do autor, sob pena de confesso, sem prejuízo de outras em Direito admitidas.

Termos em que

Espera Deferimento.

Rio de Janeiro, 06 de abril de 2012.

Faça o Download Gratuito deste modelo de Petição

Compartilhe

Categorias
Materiais Gratuitos