Lição #4 de 5
Por Marcílio Drummond
Uma boa escolha vale por duas.
Ao longo dos anos, eu vi muitos juristas tentando otimizar sua operação jurídica por meio da contratação de serviços jurídicos externos (terceirização), porém, sem sucesso.
O problema nunca esteve na terceirização, mas na maneira como isso é feito.
Selecionar prestadores externos de serviços jurídicos SEM UM MÉTODO CORRETO é um GRANDE ERRO. Pode custar muito caro. Tempo e dinheiro.
Existe uma forma correta de se fazer isso, que já testei e validei ao longo dos últimos anos.
É que percebi que quem contrata deve saber exatamente o que quer e o que espera dos serviços prestados.
O Operador Jurídico Digital (prestado) não é um mágico para adivinhar isso.
O segredo para selecionar os melhores prestadores externos – Operadores Jurídicos Digitais – está em seguir 7 etapas importantes.
1 – Análise de Necessidades: Definir o requisito a ser cumprido e decidir que a abordagem ideal é contratar um prestador jurídico de fora da organização;
2 – Aprovação financeira: determinar o escopo do trabalho e preparar a justificativa da contratação;
3 – Plano de Contratação de Projetos: determinar qual abordagem quer receber do mercado (por exemplo, tipo de proposta, seleção de fornecedores preferenciais, etc.) e planejar as atividades de contratação;
4 – Seleção de Prestadores de Serviços: determinar critérios de seleção e requisitos detalhados; selecionar o prestador de serviços; confirmar o início do trabalho;
5 – Gestão de Contratos: gerir a prestação dos serviços selecionados de acordo com os termos acordados;
6 – Avaliações de Contratação: gerenciar o relacionamento com o prestador e analisar continuamente o desempenho;
7 – Utilizar tecnologia de suporte: Usar Software que integre todas as etapas anteriores, oferecendo desde acesso aos prestadores de serviço, até a gestão completa do relacionamento entre eles – é o que faz a EasyJur.
Quando comecei a contratar prestador externos de serviços jurídicos, ao desenvolver estas 7 etapas importantes eu vi que meus resultados melhoraram muito.
Porém, eu vi que ainda faltava alguma coisa.
Eu senti que precisava organizar mais meu portfólio de prestadores conforme algumas situações específicas.
Alguns destes juristas faziam grandes trabalhos quando tinham um tempo maior, mas não davam conta do recado quando surgia um pico rápido de muito trabalho, por exemplo.
Outros, eram muito fáceis de lidar, os famosos “gente boa”, mas não seguiam todos os padrões de escrita que eu tinha estabelecido – tudo bem, realmente eram muitos, tanto que depois organizei melhor em checklists e deu certo.
Então, entendi que precisava criar um ponto fundamental para um correto alinhamento de expectativas.
Isso porque, quem contrata precisa estabelecer critérios para escolher.
Sem estes critérios o sucesso na contratação de um prestador jurídico externo fica prejudicado – neste caso, por erro do próprio contratante…erro este que eu mesmo já cometi anos atrás.
Para você não cometer mais este erro, preste atenção, eu vou te ajudar com isso.
Há vários critérios que podem ser levados em conta ao avaliar a contratação de Operadores Jurídicos Digitais (prestadores). Porém, há 12 principais que indico utilizar. São eles:
a) Especialização e cobertura das áreas de atuação necessárias: por exemplo, você precisa de um advogado especialista em Direito Minerário para um caso específico;
b) Consistência do serviço e desempenho passado: por exemplo, um prestador cuja entrega foi muito satisfatória em um serviço anterior;
c) Alinhamento de estilos de gestão e cultura: por exemplo, um Operador Jurídico Digital (prestador) fácil de lidar;
d) Capacidade de aumentar e reduzir a escala conforme necessário: por exemplo, um Operador Jurídico Digital (prestador) mais desenvolvido, que possui equipe e capacidade de entregar muito mais se necessário;
e) Capacidade de lidar com volumes de pico: por exemplo, um Operador Jurídico Digital (prestador) capaz de entregar muitas petições/documentos em um curto espaço de tempo;
f) Abordagem e flexibilidade de recursos: por exemplo, um Operador Jurídico Digital (prestador) mais disposto e negociar prazos e preços pelas entregas;
g) Seguro de responsabilidade civil profissional: por exemplo, Operador Jurídico Digital (prestador) que conte com um seguro de responsabilidade civil profissional pode custar mais caro, mas representar uma segurança ainda maior;
h) Conformidade com padrões e estruturas de qualidade: por exemplo, Operador Jurídico Digital (prestador) que cumpriu todos os padrões de escrita e qualidade dos documentos do contratante;
i) Tecnologia, segurança e confidencialidade dos dados: por exemplo, Operador Jurídico Digital (prestador) que seguem as melhores práticas de tecnologia, segurança e confidencialidade de dados;
j) Conflitos de interesse: por exemplo, Operador Jurídico Digital (prestador) que não representem conflito de interesses para seus contratantes;
k) Gestão do conhecimento e partilha de informações: por exemplo, Operador Jurídico Digital (prestador) que, além de entregarem os serviços contratados, também compartilham informações/insights que podem auxiliar na otimização dos serviços dos seus contratantes;
l) Custo-benefício e modelos de preços: por exemplo, Operador Jurídico Digital (prestador) que oferecem um ótimo custo benefício para a prestação de seus serviços, seja individualmente ou em projetos maiores;
A partir destes critérios, você que é gestor de Escritório de Advocacia ou de Departamento Jurídico ficará muito mais satisfeito com os serviços dos prestadores externos e os resultados de eficiência da operação jurídica serão ainda melhores.